RESPONSABILIDADE COMO DISCIPULADOR INFANTIL

Atualmente estou lendo um livro muito edificante, principalmente para pastores e líderes ministeriais: A Treliça e a Videira: a mentalidade de discipulado que muda tudo, de Colin Marshall e Tony Payne. De fato, a forma como compreendemos o discipulado modifica a maneira como nos responsabilizamos por ele. Durante a leitura do capítulo seis, sobre o âmago do treinamento, percebi-me refletindo acerca do trabalho de evangelização das crianças.

O Missão Kids tem como objetivo promover o crescimento cristão desde a infância através do contato direto com as Escrituras, valorizando a doutrina saudável, estimulando ao relacionamento e vida com Cristo. Em outras palavras, estamos treinando as crianças para o verdadeiro viver cristão. Viver que inclui ser discipulado e fazer discípulos.

Pode parecer precoce pensar na criança como discipuladora, entretanto, lembremos de Jesus em Lc 2.41-52, que quando ainda criança, no templo, conversava e deixava admirados os mestres que ali estavam. Trata-se não da idade biológica, mas sim da maturidade teológica; certamente você conhece adultos que frequentam a igreja há anos e ainda são fracos na fé. A criança tem maior predisposição ao aprendizado, e investir na sua instrução bíblica pode significar maior eficiência no alcance da sua maturidade espiritual.

Segundo Marshall e Payne

“o âmago do treinamento não é transmitir uma capacidade, e sim transmitir uma sã doutrina.” (p.80).

A sã doutrina é vivida e assim transmitida; somos imitadores de Cristo e nos tornamos também modelo para os que estão na mesma caminhada, no caso, as crianças; “aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou” (1Jo 2.6) Assim como vemos em Paulo um exemplo a ser seguido pelo seu empenho em seguir a Cristo, também as crianças devem

perceber em nós tal disciplina de devoção, dependência e obediência a Deus.

“Somos um exemplo para aqueles a quem ensinamos e treinamos, quer gostemos, quer não. (…) devemos ser exemplos na busca por santidade” (p. 83).

Isto implica em reforçar as responsabilidades com a própria vida cristã pois o ensino pelo exemplo é inevitavelmente transmitido. Vivendo o Evangelho, ensinamo-los.

Os voluntários deste ministério devem servir com propósito e seriedade no são crescimento teológico das crianças. O serviço na “salinha” não deve ser compreendido como um espaço de diversão da criança para que os pais tenham tranquilidade ao assistir ao culto. Não é um horário de recreação, todavia, assim como para os pais, um tempo de comunhão. Portanto, deve existir dos voluntários para com as crianças a mesma responsabilidade que o pastor tem sobre a mensagem compartilhada no sermão aos adultos. “A mentalidade de discipulado que muda tudo”; quando muda o entendimento, muda a responsabilidade. É permitido brincar para evangelizar, mas não evangelizar por brincadeira. Discipulado é coisa séria, inclusive, para crianças.

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