Vocês devem ter acompanhado as notícias sobre a enchente que ocorreu na região do “Primeiro de Maio” em Belo Horizonte, no dia 8 de Fevereiro.
Dezenas de famílias foram afetadas, algumas casas foram completamente destruídas e muitas pessoas ficaram desabrigadas. Ontem pela manhã estive no bairro levando as doações que organicamente conseguimos ajuntar. Um carro cheio e outras coisas que foram levadas anteriormente, também!
Conversando com os moradores ficou evidente que o estrago foi pior do que pensávamos; muitas pessoas ainda não conseguiram voltar para as suas casas e outras estão em estado de alerta. A Defesa Civil disse que em caso de novas chuvas, como a de domingo, pode haver estrago semelhante ou pior.
Os meus olhos se encheram de água ao escutar as histórias e dramas de quem viveu essas cenas de horror. Pessoas com problemas para dormir pelo trauma ou por não ter um local para isto. Um dos homens com quem conversei mostrou escoriações nos braços provocadas nos momentos em que ajudava a socorrer pessoas. Graças a Deus não houve mortes.
Infelizmente é uma situação muito complicada e complexa, assunto de responsabilidade pública. Mas isso não pode ser uma barreira para que fiquemos com os braços cruzados. Cristo nos chama a participar do “milagre da generosidade”.
Lembre-se do que houve um episódio em que milagrosamente, Jesus multiplica os pães e os peixes. Aquela situação também era crítica para as pessoas que estavam ali, e um desafio enorme, mas Jesus, já sabendo que o pouco era o suficiente para alcançar muitos, convida pessoas a participarem do “Milagre” que alcança uma multidão.
Depois que todos receberam o suficiente para comer, disse aos seus discípulos: “Ajuntem os pedaços que sobraram. Que nada seja desperdiçado” (João 6:12).
Diante de uma catástrofe como essa, desejamos ter muito para ajudar, mas o fato é que Jesus nos chama a contribuir com o que temos. E é na confiança de que Ele é quem cuida do povo que entregamos os nossos “cinco pães e dois peixes”.
Quando cheguei naquela rua que estava coberta pelas águas no domingo, dia 8, eu senti medo e misericórdia. Logo em seguida percebi que Deus enviou os seus para serem participantes do grande milagre da generosidade e solidariedade cristã. Foram dezenas de doações e todo tipo de pessoa envolvida para ajudar a aliviar o sofrimento daquele povo; nós somos gratos por pessoas crerem em Deus e oferecerem a suas doações como oferta de generosidade.
Quero te convidar a orar pelas pessoas daquele bairro e ficarem atentos a voz que te chama a ser generoso em todas as coisa e prontos a fazerem o bem!