Introdução:
No período da reforma protestante, a fim de combater as práticas errôneas da Igreja Católica Romana daquela época, os reformadores precisaram reafirmar a suficiência de Cristo para nossa justificação e santificação. Desta ênfase na suficiência de Cristo surgiu a afirmação “Solus Christus”, “Somente Cristo”.
Por trás desta afirmação está a certeza de que somente Jesus Cristo é verdadeiro mediador entre Deus e os homens. Portanto, só Ele pode te representar diante do Pai, garantindo o perdão dos seus pecados e te capacitando a viver para glória de Deus em alegria. É este Cristo que te anuncio hoje.
Jesus, o supremo profeta do Pai:
Hb. 1:1-2: “Antigamente, Deus falou, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, mas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e pelo qual também fez o universo”.
Se o profeta é quem comunica a vontade de Deus, Jesus é o perfeito profeta, porque Ele é a própria palavra de Deus e a encarnação dela.
Por ser A Palavra de Deus, o que Jesus fala é infalível, inerrante e totalmente confiável. Aquilo que Ele diz é totalmente digno de confiança. Ele diz: “Vinde a mim todos vocês que estão cansados e sobrecarregados, e eu os aliviarei” (Mt 11:28). Se Jesus prometeu alívio aos cansados e sobrecarregados, Ele dará.
Sendo Jesus o perfeito profeta, viveu a vontade de Deus até a morte e por isso diz: “Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, porque sou manso e humilde de coração; e vocês acharão descanso para a sua alma. Porque meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.” (Mt 11:29-30)
Jesus nos garante a possibilidade de conhecer a vontade de Deus e vivê-la plenamente, pois Ele é a imagem de Deus, mas também é homem como nós e viveu plenamente a vontade do Pai.
Talvez, você esteja cansado da religião, da igreja e dos pesados fardos que a experiência religiosa tenha causado. Talvez, você esteja frustrado por não conseguir viver a vontade de Deus. Talvez, você se questione sobre qual é a vontade de Deus.
Quero te lembrar que a vontade de Deus é que você seja feito a imagem do Seu Filho. Então te convido a se voltar para o Filho Unigênito, a Palavra encarnada, O Profeta que comunica a vontade de Deus e que a viveu plenamente.
Jesus é suficiente para te comunicar a vontade de Deus e te dar condições de vivê-la plenamente e com alegria.
Jesus, o supremo Rei divino:
Jesus não é um Rei que tem seu Reino limitado ao poder político terreno. Mas, por ser Deus, Ele governa sobre toda criação. Ele defende, protege e pastoreia seu povo e, um dia, julgará todos os habitantes do mundo – do passado, do presente e do futuro.
Neste reino você é súdito, livre da escravidão do pecado e perdoado deles, instruído a viver conforme a vontade do nosso Rei. Nele, você tem proteção contra toda ação demoníaca e forte defesa nos momentos de tentação. Nele você não precisa temer a tirania de nenhum sistema ou líder político, pois sabe que todos os poderes terrenos são temporários e serão destituídos quando Cristo estabelecer novo céu e nova terra.
Hoje te convido, agora, a reconhecer o senhorio de Cristo e se sujeitar ao seu Reino. Abrace o Filho de Deus e experimente a alegria que é servir a Cristo. Caso você já esteja inserido neste Reino, lembre-se de quem é o seu Senhor e então, viva como um filho amado de Deus que em tudo proclama a glória do Pai. Viva como embaixador do Reino de Deus aqui na terra.
Jesus, o supremo Sacerdote do Pai:
Somente Jesus foi capaz de fazer uma oferta suficiente para o eterno perdão dos pecados. Por ser isento de pecado, Jesus foi o único capaz de oferecer sacrifício sem necessitar de expiação para si mesmo.
Ele foi a perfeita oferta pelo pecado. A oferta expiatória de Jesus foi eterna, completa e de uma vez por todas. Nenhum outro sacrifício jamais será necessário para pagar o preço do pecado humano.
A obra sacerdotal de Jesus na cruz expiou o pecado de uma vez por todas. Com base nessa obra expiatória, sua obra sacerdotal de intercessão em favor do seu povo, continua agora e para sempre (Rm 8:34 e Hb 7:25).
Ele é o Deus-homem que faz a mediação e representa pessoas decaídas através de sua obra plenamente suficiente na cruz sua intervenção nunca falha.
1 João 2:1: “Meus filhinhos, escrevo-lhes estas coisas para que vocês não pequem. Mas, se alguém pecar, temos advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo”.
Hebreus 4:15,16: “Porque não temos sumo sacerdote que não possa se compadecer das nossas fraquezas; pelo contrário, ele foi tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Portanto, aproximemo-nos do trono da graça com confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça para ajuda em momento oportuno”.
Jesus, intercedendo por nós junto ao Pai, é a nossa graça que nos ajuda em momento oportuno! Portanto, não há pecado que não possa ser perdoado.
Conclusão:
Certa vez, um pastor disse que você pode manipular a fé das pessoas por três caminhos: a ganância, a culpa e o medo. Pela ganância, você diz à pessoa que Deus a salvou para dar tudo o que ela deseja. Pela culpa, você a faz acreditar que precisa fazer algo ou ser um tipo de pessoa para ser salvo. Pelo medo, você a faz acreditar que nunca será perdoada ou que o perdão é limitado. Mas, Jesus lança fora a ganância, a culpa e o medo.
Por ser o Supremo Profeta, Ele nos ensina a desejar a vontade de Deus. E a vontade de Deus é que sejamos a imagem e semelhança do Filho. Com isso, a ganância se vai.
Por ser o Supremo Sacerdote, Ele nos garante perdão dos pecados. E a culpa não mais te assombra, Ele a lança fora.
Por ser o Supremo Rei, Jesus garante tudo o que é necessário para que sejamos como Ele. Cristo nos dá Seu Espírito, fazendo-nos chamar Deus de Pai. E o medo se vai, pois Nele encontramos o amor Paterno.
Para finalizar, deixo para você a oração que nosso Senhor Jesus fez a nosso favor, para que tivéssemos segurança e alegria Nele:
“Depois de dizer essas coisas, Jesus levantou os olhos ao céu e disse: — Pai, é chegada a hora. Glorifica o teu Filho, para que o Filho glorifique a ti, assim como lhe deste autoridade sobre toda a humanidade, a fim de que ele conceda a vida eterna a todos os que lhe deste. E a vida eterna é esta: que conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste. Eu te glorifiquei na terra, realizando a obra que me deste para fazer. E agora, ó Pai, glorifica-me contigo mesmo com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo. Manifestei o teu nome àqueles que me deste do mundo. Eram teus, tu os deste a mim, e eles têm guardado a tua palavra. Agora eles reconhecem que todas as coisas que me tens dado provêm de ti, porque eu lhes tenho transmitido as palavras que me deste, e eles as receberam, verdadeiramente reconheceram que saí de ti e creram que tu me enviaste. — É por eles que eu peço; não peço pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus. Todas as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas; e, neles, eu sou glorificado. Já não estou no mundo, mas eles continuam no mundo, enquanto eu vou para junto de ti. Pai santo, guarda-os em teu nome, que me deste, para que eles sejam um, assim como nós somos um. Quando eu estava com eles, guardava-os no teu nome, que me deste; eu os protegi e nenhum deles se perdeu, exceto o filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura. Mas agora vou para junto de ti e isto falo no mundo para que eles tenham a minha alegria completa em si mesmos. Eu lhes tenho dado a tua palavra, e o mundo os odiou, porque eles não são do mundo, como também eu não sou. Não peço que os tires do mundo, mas que os guardes do mal. Eles não são do mundo, como também eu não sou. Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. E a favor deles eu me santifico, para que eles também sejam santificados na verdade. — Não peço somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por meio da palavra que eles falarem, a fim de que todos sejam um. E como tu, ó Pai, estás em mim e eu em ti, também eles estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes transmiti a glória que me deste, para que sejam um, como nós o somos; eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim. — Pai, a minha vontade é que, onde eu estou, também estejam comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo. Pai justo, o mundo não te conheceu. Eu, porém, te conheci, e também estes reconheceram que tu me enviaste. Eu lhes fiz conhecer o teu nome e ainda o farei conhecer, a fim de que o amor com que me amaste esteja neles, e eu neles esteja”. (João 17:1-26)